Esta é uma realidade que não deve mais ser ignorada.. |
Nesta
semana a imprensa repercutiu um acidente em um grande frigorífico do Estado do
Mato Grosso, porém, como o amigo leitor verá nesta postagem, a atividade na
indústria de frigoríficos e de matodouros já há muito tempo vem sendo observada
como uma das mais nocivas à saúde do trabalhador.
Comentários
do Blog: Saudade sincera dos amigos leitores, dos mais de
2000 assinantes que acompanham nossas postagens através da inscrição em nossa
Newsletter (gratuita – inscrição na coluna à esquerda), dos amigos Blogueiros que
adicionam suas fotos aí à direita, dos visitantes e pesquisadores que
compartilham nosso conteúdo no Facebook através do botão “Curtir”, dos
seguidores da nossa Marca no Twitter (@D-Trabalhista), e finalmente, dos
parceiros do Diário de Um Advogado Trabalhista. Bom final de semana.
Quem acompanhou o
noticiário desta semana sabe que uma falha no isolamento de produtos químicos
no curtume de um Matadouto/Frigorífico conhecido acabou causando a morte de
quatro trabalhadores e a intoxicação, muitas delas graves, de dezenas deles que lá trabalhavam.
O que o amigo
leitor talvez não tenha conhecimento, é que o ambiente de trabalho nestes
frigoríficos tem sido alvo de muitas investigações no que tange às condições
insalubres e antiergonômicas a que são submetidos esses trabalhadores. Degradantes, para ser franco.
Já há algum tempo
Procuradores do Ministério Público do Trabalho, Auditores Fiscais do Trabalho,
Juízes Trabalhistas, Advogados e Entidades Sindicais da categoria – enfim,
todos aqueles que operam o Direito do Trabalho - vêm constatando um repertório vasto
de doenças ocupacionais decorrentes das atividades neste setor da indústria.
Moléstias ósteo-musculales decorrentes de movimentos exageradamente repetitivos
num só minuto, condições de agressão à saúde decorrentes da exposição excessiva
ao frio (sem a pausa legal), dentre outras, são condições extremas ao corpo humano e que vão além dos limites biológicos suportados por qualquer trabalhador.
Isso tudo sem levar
em conta, porém não menos expressiva, a quantidade de acidentes do trabalho. A
velocidade da produção em frigoríficos muitas vezes impede que seus empregados
se dirijam ao banheiro. Um lapso de desatenção ocasionado pela fadiga pode
ocasionar sério acidente de trabalho.
No Documentário “Carne,
Osso” a equipe da ONG Repórter Brasil disseca com extrema clareza esta
realidade. Veja o Trailler abaixo, para ter um breve entendimento sobre o
assunto:
Se o leitor se
interessou pelo assunto e quer se aprofundar mais, veja um trecho maior do
Documentário:
Sugiro ainda, para
os amigos interessados, que visitem o “ Blog do Sakamoto ”, ou ainda, uma postagem
por ele redigida neste Link: Trabalho em frigorífico é atividade de risco no Brasil
Decididamente,
chegou a hora de expor esta realidade em seu espectro mais dramático. Diga-se,
por oportuno, que não por campanha contra a este importante seguimento da
economia do nosso país - e que merece o devido respeito pelo seu valoroso
desempenho nas exportações e na Balança Comercial.
Ocorre que a
regência da vida em sociedade desafia uma primazia da valorização do homem e
sua dignidade em si considerada: a dignidade da pessoa humana, que é um
pressuposto universal e intangível deste mundo pós-moderno.
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